quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A menina que roubava livros — o filme.


Após tanta espera, temos estréia prevista de A Menina que Roubava Livros para 31 de Janeiro. Para os fãs do drama escrito que não conseguem esperar até as telas de cinema, a internet nos foi mais rápida. No MegaFilmesHD já temos o filme completo, com qualidade de imagem consideravelmente boa e legendas (a desejar em algumas cenas, porém consegue lhe fazer entender). E como meu livro favorito, me sinto na obrigação de lhes compartilhar meus sentimentos sobre sua versão cinematográfica tão comentada. Ou pelo menos, minha visão leiga — humana, telespectadora, sentada no sofá de casa, sem nível profissional. 

Não deixarei aqui a sinopse do filme, afinal eu já falei um pouco sobre o livro aqui. A história do filme é portanto a mesma do livro. 
Assisti o drama de Brian Percival até o final dividindo o meu pensamento em dois. De um lado estava a minha opinião sobre um filme; e do outro, minha opinião sobre a adaptação de um livro. 



SOBRE O FILME: 

Primeiro de tudo: não é um filme sobre Hitler. É um filme sobre uma garota no cenário da velha Alemanha tomada pelo nazismo. O que diz com sutileza que, sim, você verá algumas cenas sobre a realidade da época, mas isto não se fará de tema principal. Não teremos a história do nazismo contada, nem uma ligação direta da Liesel (personagem principal) e o próprio Hitler. A ligação dos dois é basicamente a mesma ligação que o Führer obtinha com o resto da população “vítima”. Até aí, tudo bem, afinal deixou-se claro nos trailers e sinopses o real tema, o que fora abordado com fervor. 
Preciso admitir que o início e o desenrolar é cansativo. Até que a história comece a acontecer e mostrar impacto para quem assiste — ou ao menos para mim — leva um certo tempo.  
Sobre a atuação, achei intacta. No ponto certo. A trama envolve muitas crianças, mas seus desempenhos foram tão bons quanto os desempenhos dos adultos. O amor que é transmitido pelos pais adotivos da Liesel é tão intenso que me provocara vários arrepios em tempos curtos de pausa. É um amor real. Com as duas faces de: um pai bondoso e passivo, e uma mãe nervosa e intensa (o que acontece em demasia na família atual, mas talvez não necessariamente nesta ordem). 
O final, medonhamente triste, como já era de esperar. Emocionou-me pelas cenas fortes, mas o que tirou-me lágrimas fora lembrar das páginas da narração incrível e comparar com o que eu estava vendo: minha imaginação antiga enquanto lia, na tela, em forma de filme. 


SOBRE O FILME, como adaptação: 

Aos primeiros segundos, quando escutei o narrador — morte — se apresentar, meu coração disparou. Achei que retirariam do filme a narração que víamos frequente no livro (e que pra mim era fundamental e o ponto mais diferencial a oferecer). Não pude conter um suspiro longo de doce alívio. Infelizmente, a narração não aparece com tanta frequência, mas ao menos, senti o gosto de estar realmente assistindo o que li. A Menina que Roubava Livros — o filme, trouxe a sua mágica. 
Meus olhos brilharam a ver a Liesel. Não totalmente do jeito que personifiquei na minha mente, mas do jeito que poderia ter personificado. Ou seja, isto não foi nem de longe um problema. Sua mãe, maravilhosamente, nervosamente, em chamas do jeito que descrita no livro. Emily Watson fez seu papel de um modo tão impecável que eu poderia beijá-la (brincadeira). Seu pai, ficara numa medida balanceada: permitiram seu acordeão, mas baniram seu cigarro. Admito que apreciava muito o seu fumo e gostaria de tê-lo visto ensinando a Liesel como montar um cigarro. Já o Rudy, me deixou a desejar fisicamente. Eu imaginei-o mais alto e mais implicante. No quesito de atuação do ator, posso dizer que achei-a satisfatória. Sorria feito uma boba toda vez que o escutava dizer “How about a kiss, saumensch?”, mesmo que esta frase não tenha sido repetida tantas vezes quanto no livro. 
Por fim, chorei como criança ao escutar o narrador dizer que os humanos o assombravam. Como deixei a perceber, o filme me deixara contente numa escala de cem, em oitenta. 


Por Verônica Freire.

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